terça-feira, 23 de junho de 2009

Meio Ambiente nunca é demais!



Destinando o lixo


Por Vanessa Mayane

Para destinar o lixo, existem também os aterros sanitários, que são tratamentos baseados em técnicas de impermeabilização do solo e cobertura das coletas de lixo e tratamento do chorume (substância líquida resultante do processo de apodrecimento de matérias orgânicas), entre outros procedimentos técnico-operacionais responsáveis em evitar os aspectos negativos da deposição final do lixo. As extensas áreas que os aterros ocupam, bem como os problemas ambientais que podem ser causados pelo seu manejo inadequado, tornam um problema sua localização nos centros urbanos maiores, apesar de serem a alternativa mais econômica a curto prazo. Segundo o professor Osmar Mendes Ferreira outra forma de disposição final de resíduos sólidos no solo, na qual as precauções tecnológicas adotadas durante o desenvolvimento do aterro aumentam a segurança do local e minimizam os impactos no meio ambiente e na saúde pública é o chamado Aterro Controlado, mas que não substitui o aterro sanitário por não ser uma forma completamente adequada de disposição.
Os materiais de alto risco podem ser incinerados. Os incineradores podem ser utilizados para a queima de outros resíduos, reduzindo seu volume para a disposição final. As cinzas ocupam menos espaço nos aterros e assim se reduz o risco de poluição do solo. Porém, liberam gases nocivos à saúde, e seu alto custo os torna inacessíveis para a maioria dos municípios. Já as usinas de compostagem transformam os resíduos orgânicos presentes no lixo em adubo, reduzindo o volume destinado também aos aterros. Além de ser difícil cobrir o alto custo do processo, não se resolve o problema de destinação dos resíduos inorgânicos, cuja possibilidade de depuração natural é menor.
É muito comum ouvir falar em reciclagem, e mais ainda nos benefícios que o reaproveitamento de materiais descartados pode trazer para o meio ambiente. Reciclar é na verdade, economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora. Usinas de reciclagem também podem gerar oportunidades de emprego para a população não qualificada, além de proporcionar melhor qualidade de vida e conservar a limpeza das cidades. Outros benefícios que podem ser apontados é que a reciclagem prolonga a vida dos aterros sanitários, melhora a produção de compostos orgânicos e contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar, além de formar uma consciência ecológica nas pessoas.
A Coleta Seletiva é a forma mais eficaz que a população tem de contribuir, fazendo sua parte, ao menos separando devidamente seu lixo. Pois a coleta seletiva consiste exatamente na separação de materiais recicláveis, como plásticos, vidros, papéis, metais e outros, nas várias fontes geradoras – residências, empresas, comércios, escolas, indústrias e unidades de saúde. E, para cada classificação de resíduo foi estipulado uma cor para que a população possa identificar o local certo onde depositar cada tipo de material. Tem como objetivo aumentar a vida dos aterros e reduzir os custos com a limpeza urbana. Os maiores beneficiados por esse sistema são o meio ambiente e a saúde da população, além dos ganhos ambientais, sociais, econômicos, sanitários, culturais e educacionais.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), menos de 10 % dos municípios brasileiros desenvolvem programas de coleta seletiva. Em Goiânia foi assinado em 2008, o decreto que cria o Programa Coleta Seletiva, uma iniciativa da Prefeitura da cidade em parceria com a sociedade civil e entidades privadas. A AMMA fica responsável por realizar a educação ambiental e a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) por realizar a coleta e triagem dos resíduos que serão destinados às cooperativas de catadores que estão em atividade em Goiânia.

Cidadania consciente


Participar ativamente dos programas sociais desenvolvidos pelo governo, colaborar com pequenos atos de consciência, começando dentro de casa ao separar o lixo e ao evitar o consumo exagerado que levam ao desperdício já são passos importantes e indispensáveis para promover o desenvolvimento sustentável de uma sociedade. É preciso que cada um faça a sua parte. O meio ambiente precisa da colaboração de todos para sobreviver e continuar servindo para as futuras gerações, como serviu no passado e serve até hoje. A tendência da população é aumentar cada vez mais, os grandes centros urbanos vão se expandindo numa velocidade incrível, mas é possível até mesmo nas construções, planejá-la de forma sustentável.

Segundo Leônidas Albano da Silva Júnior, que é professor em instituições de ensino, possui formação profissional, é arquiteto e consultor em empresas privadas e organizações não-governamentais e pesquisador em instituições públicas de ensino, o recolhimento do entulho deve ser responsabilidade do construtor. “Quando você começa a reciclar lixo dentro de casa, você começa a perceber o quanto de lixo você gera. Se as construtoras não têm a responsabilidade de dar alguma finalidade pra esses resíduos, elas realmente não sabem a quantidade de resíduo que elas geram” afirma o arquiteto. De acordo com ele a partir do momento que as construtoras tiverem consciência do entulho que produzem e ficarem responsabilizadas por isso, vão ter que solucionar a questão. A solução deve partir de onde é gerada a produção, o governo deve auxiliar e propiciar meios viáveis para que cada um desempenhe seu papel.
Seja em casa, na faculdade, no trabalho ou na rua, já está mais que na hora de reverter esse quadro, de unir expectativas para solucionar esse problema, ou no mínimo amenizá-lo. A disposição para tal ato de consciência é individual, somente quando todos ou pelo menos a maioria estiverem engajados, juntamente com o governo e outras instituições é que provavelmente haja um desenvolvimento que de fato, seja sustentável. A ação do homem já deteriorou demais o meio ambiente, é preciso ter mais ações da parte humana para solucionar o que somente a voz se levanta para clamar, ou seja, exercer cidadania é também praticar aquilo que se prega, ainda mais quando convém ao bem e ao futuro de toda humanidade, jornalisticamente falando.

Até a próxima...
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