sábado, 20 de junho de 2009

O que fazer com tanta DROGA?


Legalizar é uma ideia
Por Vanessa Mayane

O problema das drogas está cada vez mais insustentável, mesmo com tantas leis, com tanta falação sobre o tema e com tantas campanhas educativas fracassadas, eu sinceramente não vejo o problema se resolver por tão cedo, ou sequer diminuir. Estou cansada de tanta hipocrisia, de falsos moralistas e de tanta censura. Então me pergunto: Porque será que não legalizaram ainda a porcaria das drogas? Diante da situação que vivemos, admito que sou a favor da legalização e descriminalização das drogas sim, sem demagogias. Mas, deixo bem claro que não estou fazendo nenhum tipo de apologia ao consumo dessas substâncias. Eu não uso drogas, nunca tive sequer curiosidade de experimentar, simplesmente por saber que é algo prejudicial à minha vida e à minha saúde. É algo que definitivamente está fora de cogitação, não faz parte do meu juízo de valores, muito menos da minha conduta.
Bom, o que sustenta o tráfico é a proibição, e é indiscutível a lucratividade que se alia e impulsiona esse comércio. É sem dúvidas o negócio ilegal mais lucrativo do mundo. Acredito que o fato seja o atual estágio em que a sociedade se encontra. As pessoas vão continuar usando, comprando e vendendo drogas, seja proibido ou não. Se a repressão funcionasse, já teríamos visto melhoras ou resultados nessa problemática. Mas, não. O consumo só aumenta, o tráfico se sustenta e consequentemente se torna cada vez mais forte.
Se o uso fosse legalizado, o governo poderia investir pesado nos impostos. A partir do momento que o comércio fosse legalizado, haveria uma tributação fiscal a ser cobrada, os preços cairiam e o consumo seria despenalizado. No papel, essa carga tributária poderia ser revertida para o tratamento do
s viciados, e para as "inúteis" campanhas educativas. Só digo que são inúteis porque, se funcionassem efetivamente já teríamos resultados e não estaríamos neste lamentável patamar. Caberia aos governantes colocar em prática, fiscalizar e NÃO DESVIAR o destino dos impostos.
Quanto ao mal que as drogas causam, isso é inquestionável, considero uma insanidade, mas respeito a opinião e as escolhas de cada um. Sabemos, que além de prejudicar quem usa, afeta também todos que convivem com o usuário. Todos sofrem danos e perdem muito com isso. Se as pessoas consumissem sem prejudicar ninguém, seria aceitável, já que usar drogas é uma opção individual e faz parte do espaço privado que cada ser humano possui. Assim como existem milhares de outras "drogas", tão prejudiciais quantos as ilegais: gordura animal causa colesterol, tomar sol ao meio-dia causa câncer de pele, ingerir bebida alcoólica causa cirrose e pode provocar acidentes fatais, fumar também causa diversos tipos de câncer, enfim, são só exemplos de tudo que é permitido e que sabemos que faz mal, mas mesmo assim usufruem de forma exorbitante. Definitivamente o pecado está no exagero, as pessoas não sabem se controlar, usam e abusam de tudo que lhes faz mal. Porque possuem o livre arbítrio, são donas do próprio corpo e da própria vida,
portanto não há Papa ou Presidente que possa mudar isso. Mas os danos causados pelas drogas, vão muito mais além, geram terror e violência.
No mundo em que vivemos hoje, a repressão, a proibição e a censura jamais solucionarão esta incômoda questão. E eu, como milhares de brasileiros, não quero mais esta condição. Clamo por uma medida, uma solução, um basta, e para ser bem sincera, vejo na legalização das drogas uma possível saída.
Finalizando, deixo claro que uma medida como esta poderá causar grande alvoroço, ainda mais se tratando do forte aspecto cultural. Mas só a título de curiosidade, já existem outros lugares do mundo onde as drogas são legais e o índice de violência chega a ser menor que no Brasil. Bom, é algo a ser pensado de forma fria e calculada, as consequências devem ser medidas a curto, médio e longo prazo. Poderia passar horas a fio, argumentando sobre o fato de ser a favor, acredito que não haja diferença entre drogas lícitas e ilícitas, quem usa continuará usando, quem vende continuará vendendo, o tráfico de drogas não tem validade e acaba corrompendo as pessoas, corrompe a polícia, a política, o judiciário e por fim corrompe nós mesmos, cidadãos de bem e honestos, que nos deixamos seguir de mãos atadas, acomodados. E pelo simples medo de mudanças, não nos deixamos tentar.
As pessoas não percebem que o triste não é mudar uma ideia ou um costume, ou até mesmo uma lei. Triste mesmo é não possuir idéias, costumes ou leis para serem mudados. É preciso urgentemente acabar com a marginalidade, com a criminalidade, acabar de vez com a violência. Jornalisticamente falando, tristeza para mim é ver uma nação afundar, sabendo que há um leque de possibilidades, mas que existe por trás um medo que impede a sociedade de aceitar e tentar algo novo. Novas leis, tolerância e limites são as palavras chaves dessa questão.


Até a próxima...
=**



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